4 de setembro de 2012

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Jornal de Hoje (RN) - 30/06/2005

Gurgel diz que informações sobre propina chegaram à Câmara através do presidente

Na sessão plenária da Câmara Municipal de Parnamirim desta terça-feira, o vereador Ricardo Gurgel (PSB) disse em discurso que as denúncias de supostas cobranças de propina envolvendo a administração do prefeito Agnelo Alves (PSB) foram levadas ao debate no parlamento municipal pelo presidente da Câmara, vereador Fernando Fernandes (PDT).
"Faço este discurso por escrito para evitar o mal querer, a fofoca, o disse-me-disse, para conter a difusão de teses que não defendo. O senhor prefeito fique tranqüilo; nada tenho contra a sua pessoa. Digo apenas que essas denúncias que a imprensa tanto ampliou, são fatos velhos. Essas supostas irregularidades chegaram a este plenário através do vereador Fernando Fernandes, ainda no primeiro trimestre deste ano, e geraram cinco requerimentos solicitando informações às respectivas secretarias", disse Gurgel.
Em seguida, Gurgel disse que responde por seus atos como vereador do município de Parnamirim "que são intransferíveis", e lavou as mãos sobre uma investigação no legislativo municipal sobre a denúncia de cobrança de propina, dizendo que, "em nome da paz, digo a todos que não vou embarcar nessa onda denuncista que maltrata tanto o país", para mais adiante finalizar: "Fiz a minha parte e não voltarei ao assunto. Que o Executivo e o Ministério Público façam a sua".

NOMES

Ainda na terça-feira, Gurgel teve uma audiência com a promotora de Justiça Isabel Cristina Pinheiro, de Parnamirim. Ele informou que entregou à promotora um relatório de onze páginas com nomes de três secretários que estariam envolvidos em suposta cobrança de propina. Citou ainda um assessor de um dos secretários, que teria comprometimento com o episódio. No documento, elaborado com o auxílio de seus advogados, Gurgel também citou quatro empresas construtoras de obras públicas, que teriam repassado comissões a secretários do prefeito Agnelo.
Também ontem o vereador foi intimado pela Justiça Estadual a responder, no prazo de dez dias, a uma interpelação judicial movida pelo prefeito Agnelo Alves e seu secretariado. Ao responder as acusações de Ricardo Gurgel, Agnelo informou que determinaria esse procedimento aos seus auxiliares. A peça é assinada pelos procuradores da Prefeitura de Parnamirim, Francisco Nunes e Fábio Alves, que querem que Gurgel diga quais são os secretários corruptos do Governo Agnelo, "para que se possam tomar as providências cabíveis".
Alex Viana

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