4 de dezembro de 2013

Carta Aberta aos Servidores de Parnamirim

"Caríssimos companheiros de profissão e de sindicato,

Sinto nesse momento a necessidade de falar abertamente e me expor, se necessário for, ao julgamento de todos. Ao longo de meus anos de profissão creio que tenho exercido com dignidade e com idealismo a educação. Professo também a ideia de que se toda ação humana é política, o ato educativo o é em sua plenitude. Por isso, considero que minha ação pública tem sido sempre de prática política embora nunca tenha me filiado a esse ou àquele partido. Sequer tinha lançado minha candidatura no anseio de ser representante da minha categoria. Faço-o agora e alinhei-me com a chapa 2, e venho aqui justificar minha posição.
Se nunca me filiei é porque ideologicamente acho que minha posição política não é na vanguarda, mas costumo dizer que a exerço na cozinha. Semeio ideias e pensamentos, sem que venha a exercer qualquer pressão sobre as convicções de quem quer que seja. Primo pela liberdade e aspiro a uma sociedade sem legendas em que o livre pensamento se une pela igualdade e pelo bem comum. Mas pus-me a frente dessa campanha fazendo uma leitura das circunstâncias políticas que vivemos em nível nacional e regional. Vejo claramente que caminhamos para um período difícil para a sociedade e para os trabalhadores em geral. Percebo que a máquina econômica, amparada por uma justiça facista tem agredido e usurpado direitos históricos dos trabalhadores. Sob a pecha de livre negociação, o Estado tem deixado os trabalhadores à mercê dos patrões. E se esses trabalhadores são funcionários públicos, o Estado tem judicializado nossos litígios, deixando-nos a mercê dos rigores da lei, que, já tenho dito, tem pesado na balança em favor dos mais fortes.
Os trabalhadores da rede púbica de Parnamirim temos vivido essa realidade. Consolidou-se um cartel em nosso município, em que o poder executivo aliado aos vereadores e amparado pelo judiciário manipula a vida dos servidores, impondo-lhe suas condições e aviltando seus direitos. Sofre com isso toda a sociedade que vê os serviços públicos sucateados, a educação decadente e incapaz de favorecer o crescimento social de inúmeras famílias e jovens desfavorecidos economicamente.
Acredito que seja por isso que devemos tornar o SINTSERP independente e fortalecido para assumir o seu papel de oposição a essa realidade. Não desdenho do que tem construído a antiga e atual direção de nosso sindicato. Admito que seu trabalho foi preponderante na construção de aparelho democrático de defesa dos trabalhadores. Mas a atual conjuntura político-partidária compromete a sua isenção e limita sua atuação no combate a um poder público descompromissado com os anseios da sociedade e da classe trabalhadora.
Quando lançamos a público essa nossa opinião, houve quem nos acusasse de fazer agravos aos adversários na falta de propostas efetivas. Não é essa minha percepção dos fatos. Se destacamos essa opinião é porque ela se sobressaiu na fala da própria base. E se esse é um anseio da categoria, é natural que esta seja nossa principal proposta. Poderíamos somar a essa proposta muitas outras: manutenção da construção da área de lazer, oferta de planos de saúde ou de previdência, apoio jurídico, centros de convivências, festivais, bibliotecas, saunas, planos de cargo, percentuais do Pib, etc. Muitas delas factíveis, outras nem tanto, a algumas delas aspiramos. Mas lanço aqui nossa segunda proposta: garantida a independência política, devemos também garantir o direito da própria categoria em assembleias verdadeiramente democráticas e transparente discutir periodicamente o que e como devemos conduzir as nossas ações. As assembleias devem ser fóruns permanentes de discussões de propostas, apontadas pelos próprios trabalhadores ao longo da vigência do nosso mandato. Só assim estaremos democraticamente fazendo valer a voz dos trabalhadores.
E finalmente reafirmo: na realidade política de Parnamirim, OS TRABALHADORES SOMOS AINDA A ÚNICA OPOSIÇÃO A QUALQUER DESMANDO POLÍTICO DO PODER PÚBLICO, ESTE É O NOSSO PAPEL E A O NOSSA MISSÃO. E SÓ O PODEREMOS CUMPRIR SE TIVERMOS INDEPENDÊNCIA E ISENÇÃO.

Um abraço a todos.
Edilberto C. – Educador Sim"
Tomei a liberdade de publicar a CARTA ABERTA (sem consultar) deste cara que conheço muito pouco e tivemos muito pouca conversa, mas, que passei a admirá-lo a partir de dois ou três contatos em algumas manifestações de professores em Parnamirim.
Portanto, venho aqui parabeniza-lo pela decisão de participar dessa CHAPA 2, que com Sandra Barbalho, Tita Holanda e mais alguns companheiros de luta tomarão este SINTSERP das mãos desses PELEGOS sem vergonha que se dizem CúMunistas e fazem qualquer tipo de acordo com o PREFEITIN BUFA corrupto de Parnamirim MauMarques.
Parabéns camarada você pensa muito parecido com o que eu penso, só não tenho mais nem paciência nem a sua EDUCAÇÃO pra tratar VAGABUNDOS nesses termos. Bola pra frente  e vamos retirar esses PELEGOS do SINTSERP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário