16 de agosto de 2010

Patrocinando Picaretagem


Dia desses andando pelas ruas de Parnamirim, encontro uma amiga que me presenteia com um panfleto. Papel couchée, brilhoso que pela elegância do “bicho”, nem olhei o que era. Dobrei e guardei, conversamos um pouco e fui embora.
Mais na frente, a curiosidade me fez abrir o panfleto. Minha amiga estava de gozação comigo. Era uma obra prima dessas que rolam em todas as direções em qualquer campanha política.
Nele a VEREADORA Cartaxo pede ao executivo uma praça para um ex-torturador da Aeronáutica, que na época da ditadura, alguns puxa-sacos desta cidade mudaram seu nome para Eduardo Gomes. Mas que, anos depois o ERRO foi muito bem reparado e a cidade voltou a ser chamada Parnamirim.
A vereadora deveria ter pedido também uma praça para AgNero em agradecimento as “sextas básicas” que ele arranjou para ela distribuir na campanha, e com as quais ela foi eleita, inclusive a estátua de AgNero que está pronta, só falta saber o paradeiro que foi dado a estátua.
O interessante no panfleto, no seu editorial, a professora vereadora faz poesia e diz: ...”pensamos o município como um grande quadro BRANCO onde quem detém o pincel é o executivo, mas a tinta que escreve, que pinta, que traça as linhas é de propriedade da população. A mão que guia é a do legislativo, nossa função.”
É uma poetisa, vereadora, na sua época o quadro era NEGRO, igual o futuro desta cidade. Não existia o pincel, era o GIZ, e esse giz não tinha tinta, era um bastão de gesso branco. Esse pincel está na mão de um LADRÃO apoiado pelas mãos de nossos vereadores, incluindo aí a senhora...
E a responsabilidade do Panfleto? Nem a Folha de São Paulo requer tanta gente para assumir a responsabilidade por tal obra. São logo duas pessoas, uma é jornalista e tem registro profissional. A outra estudou na UnP, trabalhou na assessoria de imprensa na época de AgNero, mas não fazia nada, hoje é apenas “burrocrata”.
Visualmente, o boletim é um periquito colorido e sem estética. Com fotos a vontade da vereadora quando adolescente. Mas o conteúdo, CELSO DANIEL deve estar dando voltas na cova, pois se tivesse tal idéia quando vivo, Lula e Zé Dirceu, jamais teriam mandado matar o cara.
Nem Santo André, tem tanta obra realizada. E vejam que não foram publicadas as MOÇÕES DE PESAR, apenas uma Moção de Congratulação pelos 60 anos de Ivanildo do Sax de Ouro. E faltou também os projetos de reconhecimento de UTILIDADE PÚBLICA de um monte de picaretas.
Meus parabéns vereadora, na última página do seu panfleto existem 50 obras de ‘relevância’ para a sociedade. De substituição de lâmpadas queimadas a limpeza de rua.
Se as lâmpadas foram colocadas por ela com o dinheiro dela tudo bem, mas não foi, se a limpeza foi ela que foi fazer de vassoura na mão tudo bem, mas não foi. Vereadora a senhora está na Câmara para denunciar essas coisa mesmo. E não gastar uma fortuna com nosso dinheiro para se promover.
É bom a senhora passar em bairros como Passagem de Areia, que nem tem lâmpadas nos postes tem, segurança? Apenas as quadrilhas que fazem a tal “segurança privada”. A lama corre em toda as ruas, como em toda Parnamirim.
A senhora diz que pediu a cobertura de uma parada de ônibus em Pirangi. Porque não pede pelo menos que os pontos de ônibus sejam marcados pra o povo saber onde pegar os ônibus aqui pelo centro e arredores?
Além dos buracos e do lixo nas ruas, nós aqui temos excesso de lombadas, inclusive algumas devem ter sido a pedido seu.

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